segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Natais

Não suportando o Natal comercial e não estando na minha natureza seguir ideias e atitudes "de rebanho", há muitos anos que voltei ao essencial deste período - O Aniversariante. Esta atitude de despojamento, frugalidade, silêncio, serenidade, permite aceder, de modo claro e sem desvios, ao motivo da celebração. Por isso, nada de presentes, nada de luzes distractivas, nada de ceias e almoços "obscenos", que O Aniversariante nunca teve. Se o motivo da celebração é O Aniversariante e nós somos convidados, os presentes são de outra natureza.
Claro que esta atitude tem consequências. Não se fazem "amigos" quando a estes só lhes interessa o "ter" e não o "Ser". A família incomoda-se por não apreciarem nem o trabalho nem o preço das suas futilidades e desistem de nós mais facilmente do que do pinheiro depois das festividades. Deixá-los. Ficam com o "stress", endividados, mais gordos e doentes, sem agradarem a ninguém e vazios eles próprios, mesmo que não se apercebam disso.
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