segunda-feira, 19 de julho de 2010

The Lisbon Consortium - Mestrado e Doutoramento em "Estudos de Cultura" da FCH/ UCP

Estão abertas as inscrições para Mestrado e Doutoramento em Estudos de Cultura na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa,  em Lisboa, podendo ser consultadas as respectivas brochuras, em português e inglês, AQUI.
The Lisbon Consortium, ou Consórcio de Lisboa, é um programa de cooperação inovador e único no panorama português, com enfoque internacional, também AQUI.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Vivaldi - "Winter" (Four Seasons)

A música e as imagens deste vídeo são tão belas, que não me importaria de ter sempre este Inverno.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Maria Bethânia na Casa Fernando Pessoa (21 Julho)

Maria Bethânia, na sua passagem pela Casa Fernando Pessoa no dia 21 de Julho, quarta-feira, às 17:30 h, irá ler poemas e textos de: Fernando Pessoa, Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Castro Alves, Sophia de Mello Breyner Andresen, Vinícius de Moraes, João Guimarães Rosa, Manuel Bandeira, Padre António Vieira, Clarice Lispector, Mário de Andrade, entre outros, leitura que será intercalada com canções quase "a capella". 
Como encontrei um vídeo onde declama "O Menino Jesus", de Alberto Caeiro, resolvi publicá-lo também para se ver a sua abordagem à poesia e podermos comparar com o nosso Mário Viegas.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Colóquio Internacional "Reading Ricoeur once again/ Relire Ricoeur à notre tour" (7 a 10 de Julho)

Na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, realiza-se nos dias 7 a 10 de Julho, na Avenida de Berna, 26-C, em Lisboa, Auditório 1 (Torre B, 1.º andar), um Colóquio Internacional sobre Paul Ricoeur, subordinado ao título "Reading Ricoeur once again: Hermeneutics and Practical Philosophy / Relire Ricoeur à notre tour: Herméneutique et Philosophie Pratique", com intervenções de especialistas na obra deste filósofo que se distinguiu especialmente na área da Filosofia Social e Política, e cuja informação está disponível AQUI, no caso de não ser completamente visível tudo o que está neste cartaz:

domingo, 4 de julho de 2010

Fernando Pessoa/ Bernardo Soares (...pompa de dor e de apagamento...)

Criei para mim, fausto de um opróbrio, uma pompa de dor e de apagamento. Não fiz da minha dor um poema, fiz dela, porém, um cortejo. E da janela para mim contemplo, espantado, os ocasos roxos, os crepúsculos vagos de dores sem razão, onde passam, nos cerimoniais do meu descaminho, os pajens, os palhaços da minha incompetência nativa para existir. A criança, que nada matou em mim, assiste ainda, de febre e fitas, ao circo que me dou. Ri dos palhaços, sem haver cá fora de circo; põe nos habilidosos e nos acrobatas olhos de quem vê ali toda a vida. E assim, sem alegria, mas contente, entre as quatro paredes do meu quarto dorme, por inocência, com o seu pobre papel feio e gasto, toda a angústia insuspeita de uma alma humana que transborda, todo o desespero sem remédio de um coração a quem Deus abandonou.
Caminho, não pelas ruas, mas através da minha dor. As casas alinhadas são os incompreendedores que me cercam, na alma; os meus passos soam no passeio como um dobre a finados, um ruído de espanto na noite, final como um recibo ou uma jaula.
Separo-me de mim e vejo que sou um fundo dum poço.
Morreu quem eu nunca fui. Esqueceu a Deus quem eu havia de ser. Só o interlúdio vazio.
Se eu fosse músico escreveria a minha marcha fúnebre, e com que razão a escreveria!

De Livro do Desassossego, Assírio & Alvim, 3.ª edição, 2008, pp. 325/6 (texto 401)

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Sugestão invulgar

Tenho recebido, esporadicamente, pedidos para publicar algumas das minhas respostas a comentários que, segundo a opinião de quem faz esses pedidos, constituem uma mais-valia, quer para o esclarecimento, quer para reflexão.
Pensando um pouco no assunto, concluí que essas respostas só fazem sentido enquadradas com o comentário recebido, e ambos no contexto do que publiquei e que os originou. Por outro lado, e não menos importante, essas minhas respostas mais longas, sobre assuntos mais sérios, são todas elas personalizadas, procurando as palavras adequadas a cada pessoa que me interpela, como se mais ninguém estivesse a ler ou viesse a ler, e essa partilha quase "privada" creio que está nos lugares certos - as caixas de comentários, onde só acedem as pessoas realmente interessadas em ler o que os outros têm a dizer sobre determinado assunto.
Embora já tenha agradecido individualmente a sugestão, renovo aqui o agradecimento e, também, o facto de me terem obrigado a reflectir sobre o assunto.