sábado, 13 de setembro de 2008

Sobre a morte

...«Não se pode estar morto enquanto as coisas que nós alterámos não morrerem. Os nossos efeitos são a única evidência da nossa vida. Enquanto perdurar nem que seja uma recordação dolorosa, uma pessoa não pode ser amputada, morta. E pensou: "É um processo lento e demorado, isto de uma pessoa morrer. Mata-se uma vaca, e ela morre assim que se lhe comer a carne; mas a vida do homem morre como morre a vibração num charco tranquilo, em pequenas ondas, alastrando e crescendo até à quietude".»...
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John Steinbeck, "A um deus desconhecido", cap. 21.