Eu não descuro
recuso
censores e carcereiros
inquisidores e profetas
Que vaticinam desgraças
abrem veias
cortam versos
Trancam celas
espalham sombras
fecham postigos, janelas
Mandam pôr muros e grades
trazem presságios ruins
torturas, dores e vilezas
alcateias e mastins
Eu não descuro
procuro
a esperança acalentada
sonhada na desmesura
Entre ruínas passadas
sevícias, medos
torpezas
A poesia
e a beleza
A liberdade exaltada.
censores e carcereiros
inquisidores e profetas
Que vaticinam desgraças
abrem veias
cortam versos
Trancam celas
espalham sombras
fecham postigos, janelas
Mandam pôr muros e grades
trazem presságios ruins
torturas, dores e vilezas
alcateias e mastins
Eu não descuro
procuro
a esperança acalentada
sonhada na desmesura
Entre ruínas passadas
sevícias, medos
torpezas
A poesia
e a beleza
A liberdade exaltada.
Maria Teresa Horta
4 comentários:
Grande Maria
Belo poema, cheio de grandes verdades.
:)
Olinda
Adorável...
Não recuso os censores, não recuso os profetas.
Eles são a alavanca e o motor, que nos fazem parar e pensar.
Recuso o falso, recuso o nefasto.
E procuro a veracidade e a sã utilidade de um tempo em construção.
Procuro a esperança e com ela a finalidade pretendida de um tempo de mudança.
A felicidade resulta não no conflito, mas na cooperação.
Mas para atingir a liberdade, foi sempre necessário, passar pela revolução, a quente, a fogo, inflamada, exaltada, libertando-nos dos escombros e dos tempos ruins.
Gostei do poema, porque no final, concedeu a esperança.
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