É Natal, nunca estive tão só.
Nem sequer neva como nos versos
do Pessoa ou nos bosques
da Nova Inglaterra.
Deixo os olhos correr
entre o fulgor dos cravos
e os dióspiros ardendo na sombra.
Quem assim tem o Verão
dentro de casa
não devia queixar-se de estar só,
não devia.
Eugénio de Andrade, em 'Rente ao Dizer'
2 comentários:
Lindo este poema de Eugénio de Andrade.
Muita paz e muita saúde para si e para toda a família.
bjs
Muito Obrigada. Tudo de bom para si e família. Beijinho!
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