terça-feira, 6 de outubro de 2009

Dias de chuva

Os dias cinzentos de chuva empurram-me ainda mais para dentro de mim mesma, sentindo-me enjaulada, quase sufocada. Olho os livros que tenho sobre a mesa e vejo que, nem aqui, nem na minha biblioteca, tenho qualquer tipo de "literatura light", que, porventura, me fizesse abstrair desta espécie de peso que sinto no peito em dias assim. Os livros que tenho à mão são precisamente os das minhas almas gémeas, que sentem como eu e sofrem como eu. Por isso chove lá fora e cá dentro.

13 comentários:

c.a. (n.c.) disse...

Compreendo-a...
Experimente ir até aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=9ZlBUglE6Hc&feature=channel
Vi-o, há uns dias, num blog e depois aproveitei para rever uns quantos. Um dos meus preferidos é este:
http://www.youtube.com/watch?v=npjOSLCR2hE&feature=channel
Espere que ajude :-)
Abraço

Miguel Gomes Coelho disse...

O seu post fez-me recordar algo que já se passou comigo, para aí, há 35 anos, talvez depois, também muitas vezes,é certo.
E esse facto fez-me escrever então
um pequeno poema que lhe transcrevo apenas porque penso existirem similitudes de comportamento:
................

Por que continuam as núvens negras
a pairar sobre a cidade ?

Por que teimam em ofuscar o brilho do Sol ?

Por que querem atirar-me para a rua
gritando o dia de ontem ?

Por que querem tornar-me cinzento
olhos despolidos
senso barrento ?

Oh !
Por que continuam as núvens negras a pairar sobre a cidade ?

Porquê ?

Oh, Deus !
que chova depressa ...

.......................

Pedindo desculpa pelo atrevimento,
Saudações cordiais.

Maria Josefa Paias disse...

C.A., permita que o trate assim, muito obrigada pela gentileza e por me colocar um sorriso no rosto. Agora já tenho as janelas fechadas, pelo que o que está lá fora lá ficou.
Acredita que não consegui colocar um vídeo da Amália para publicar no Restolhando, devido ao meu estado de espírito? Talvez por que fosse o «Estranha forma de vida" e os deuses entenderam que já bastava de tanta autoflagelação!
Resolvi mudar de visual, porque hoje tinha que alterar qualquer coisa.
Muito obrigada pela sua atenção.
Um grande abraço.

Maria Josefa Paias disse...

Caríssimo T. Mike, obrigada por partilhar comigo a sua sensibilidade, embora e felizmente não contínua, a estes dias "farruscos" que quase nos levam à loucura, e que o tenha feito de uma forma que eu tanto apreciei.
Muito obrigada pela partilha.
Um grande abraço.

Ana Paula Sena disse...

Pois é :) Eu tenho sentido algo parecido. E a ausência de literatura light aqui pelas mesas e cadeiras da casa, tem pesado também. Dei comigo em busca de uma leitura amena, para aligeirar a existência, mas não encontrei. Ainda por cima, sem tempo para ir a uma livraria! Muito trabalho.

Mas a Maria Josefa disse tudo o que é importante sobre esta sensação, e de uma forma belíssima. É o Outono a fazer-se sentir... julgo.

A mudança de visual resultou lindíssima :)

Um abraço.

Maria Josefa Paias disse...

Obrigada Ana Paula por partilhar também o seu incómodo com dias assim. Eu preciso do sol quase como o ar que respiro. Que venham então os dias frios mas com sol!
Muito obrigada por gostar do novo visual e um grande abraço.

Edgar V. Novo disse...

Cara Maria Josefa,

Para esses dias nada como um bom filme, num sofá bem confortável.

CUmprimentos,

Maria Josefa Paias disse...

Meu caro Ega, obrigada pela sugestão, mas naqueles momentos nem disso me lembro.
Vejo que também mudou de visual! Assumiu o Ega de Eça? Mas parece-me o Burt Lencaster!
Um abraço.

Unknown disse...

Correcto! É mesmo o grande (em todos os sentidos) Burt Lencaster nesse belo filme de Visconti Il Gattopardo, que por sua vez é uma adaptação de um dos mais interessantes romances que li.

E quanto ao Eça mantenho com ele, por enquanto, uma relação difícil (não lhe reconheço génio mas apenas talento). Apesar de tudo, é ele mesmo que agora me acompanha na mesinha de cabeceira (com a Relíquia).

Maria Josefa Paias disse...

Outra alteração. Agora passou a "Meta". Meu caro Ega/Meta/Edgar, não sei se vou conseguir chamar-lhe "Meta".
Um abraço.

Edgar V. Novo disse...

Cara Maria Josefa,

Distraído como sou nem vi que estava com a conta de e-mail do blogue aberta, em vez da minha pessoal.

:)

Manuela Freitas disse...

Chegou o Outono e nem o sentimos, mas agora lá vieram as primeiras chuvas ventosas, tão desagradáveis!
O cinzento também me incomoda e penetra em mim. Nos dias cinzentões fecho as persianas e ouço música ou vejo um filme...é uma forma de me resguardar dos maus efeitos!...
Um abraço

Maria Josefa Paias disse...

Manuela Freitas, muito obrigada por estar aqui. Parece que vamos passar alguns dias difíceis, atendendo ao modo como o exterior nos afecta. E como os filmes, televisão, não me aliviam grande coisa, só me resta a música, os livros e alguma imaginação para contornar o problema.
Um abraço.