São como cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
in Coração do Dia
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade
4 comentários:
Veremos o que o Porto fará
da sua casa
O poder das Palavras!
Eugénio de Andrade, num poema lindíssimo.
Um Bom Ano.
:)
Olinda
palavras sábias !!
Aproveito para desejar um "EXCELENTE 2012",vamos contrariar as negras previsões.
um beijinho
Obrigada "o Puma", Olinda e "partilha de silêncios"! Tenho andado tão pouco pelos blogues, que aproveito também para vos desejar um bom ano!
Beijinhos.
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