Poema XXI
Quem a glória perdeu sem descobrir
Nem uma alma sequer afim da sua,
Em cólera e desdém, entre inimigos,
Cativo por vetusta fidalguia,
E quem sempre se esquiva, em altivez,
Só tem seu próprio amor por companhia
Poema XXX
Aconteceu-nos o amor outrora,
Era ao pôr do sol e um de nós tocava
O outro, ali por perto receoso –
Que principia amor sempre em temor.
Era solene nosso amor. Findou –
Em delícias passámos tantas horas;
Que propício nos seja no final,
O caminho que falta percorrer
(1907)
James Joyce (1882-1941)
No livro “Música de Câmara”, Relógio D’Água
1 comentário:
M.J.
Tem sido impossível comentar no seu blog. (não abria o quadradinho)
O Amor verdadeiro nunca acaba, pode ficar adormecido a aguardar melhores dias.
Se finda não era Amor...
Concorda naturalmente, porque não passa de axioma.
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