sábado, 20 de março de 2010

Vivaldi - Spring (Four Seasons)

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8 comentários:

Miguel Gomes Coelho disse...

Muito bom em época de mudança de estação, num dia cinzento, embora claro, num fim de semana em que apetece ficar em casa a fazer qualquer coisa de construtivo, de preferência a conquistar experiência interior, num quase silêncio agradável ao espírito, contente por ter um cão que se enrosca junto aos teus pés em sinal de calma absoluta.
Bom fim de semana, Maria Josefa, e com música assim.

Ana Paula Sena disse...

Lindíssimo, Josefa.

Eu adoro Vivaldi e as Quatro Estações. É essa boa notícia, a de que está aí a Primavera, que dá agora mais alegria a esta magnífica música!

Um beijinho grande e obrigada :)

Bom fim-de-semana...

Manuela Freitas disse...

Olá Josefa,
Uma escolha certeira, muito a propósito... Uma peça musical, que é uma obra-prima de todos os tempos!...
Para já não estamos a ter a Primavera que merecemos, depois de um Inverno tão rigoroso e trágico para muita gente, mas esperemos que chegue em pleno, para desuniar também o nosso espírito!...
Beijinhos,
Manuela

Maria Josefa Paias disse...

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Muito obrigada Miguel, Ana Paula e Manuela, pelas vossas palavras.

Escolhi este vídeo com as cores da Primavera em vez de um com a Orquestra de Berlim, para ver se "espantava" as nuvens, o nevoeiro e os chuviscos que teimavam em persistir, mas não resultou. Fica a música de Vivaldi para desanuviar.

Abraços.

partilha de silêncios disse...

Que saudades da primavera !

Este inverno, parece não querer partir, enquanto isso não acontecer, resta-nos ouvir esta linda música, obrigada e um beijinho

Rudolfo Wolf disse...

Vivaldi é dos compositores mais acessíveis e esta é das peças mais bonitas que escreveu. Já a escutei ao vivo muitas vezes e jamais esquecerei um concerto de rua, por quatro ou cinco balalaicas, em que os músicos a interpretaram de fio a pavio; foi qualquer coisa de sublime. Para qualquer das minhas pardalocas, foram estes os sons que escolhemos para lhes dar a ouvir este género de músicas pelo que estes acordes sempre me trazem recordações que a memória cinzelou no coração.

Mas agora a Josefa permita que estabeleça uma relação com um outro post anterior a este.

Carlos Seixas não se ficou atrás destes mestres. Se escutarmos com atenção muitas das suas peças, é claro que dentro da linguagem do barroco e portanto enquadrado nas sonoridades e, digamos assim, truques da época, a verdade é que não podemos deixar de encontrar aí um cunho pessoal e, atrevo-me a dizer, de grande beleza.
A grande diferença está na forma como tratamos a nossa cultura, como preservamos o nosso património e guardamos a memória dos grandes.
Em Eisenach, na Turíngia, lá está a casa de Bach, toda ela bem cuidadinha e cheia de uma programação cultural, em geral e musical, em particular que, não só mantém viva a obra de um génio da música de todos os tempos, como até serve como polo de atracção turística para a cidade. Quem diz esse diz outros e umas dezenas de quilómetros para Leste, em Weimer, naquela que foi a casa de Goethe, ainda hoje é possível ver o piano em que Félix Mendelshon tocou para o genail Autor de "Fausto".
É assim, é corriqueiro vermos os povos estimarem os seus e gostarem de preservar a memória e as obras daqueles que se engrandeceram e os enriqueceram. Tristemente, por cá, não temos por hábito a prática de tais cuidados e com isso deitamos à rua uma boa parte da nossa alma e até, prosaicamente vendo a coisa, recursos que poderiam ser muitíssimo rendíveis, mas, lá está, essa é a tristeza de um país em que os Constâncios deste mundo são reis. É uma pena, não tenhamos dúvidas.

Porque será que é assim?
Estou em crer que essa é mais uma das vertentes de um regime de chico espertos, os pobres de espírito que jamais serão capazes de entender que a poesia se come e a música e as artes, em geral, também.

Bem, Josefa, por hoje não a empato mais, pois já me alonguei numa série de comentários.

Um resto de um bom dia uma semana de trabalho em paz, com saúde

Rudolfo Wolf

Maria Josefa Paias disse...

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Obrigada eu "partilha de silêncios".

Beijinho:)

Maria Josefa Paias disse...

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Rudolfo,

Muito obrigada pelos contributos que dá, através do seu comentário, não só a Vivaldi mas também ao nosso Carlos Seixas, que aqui no blogue passou quase desapercebido, e estou certa que muitas pessoas estão familiarizadas com uma composição dele que é utilizada muitas vezes como "música ambiente" ou "de fundo" a alguns programas, mas poucas saberão que é da sua autoria. Aliás, só não a escolhi porque o vídeo com melhor som tinha imagens da estação do arquitecto Calatrava no Parque das Nações e eu não gostei das imagens porque tinham pouca qualidade.

Quanto ao modo como noutros países são tratados os seus compositores, escritores e artistas em geral, mortos ou vivos, terá a ver com o modo como a cultura é encarada, ou seja, como um alimento para o espírito, que é tão importante ou mais do que o alimento para o estômago. Nós, por cá, parece que valorizamos mais este último alimento e, assim, o resultado está à vista. Uma tristeza.

Paz e saúde também para si.